Arrumei a casa como se fosse lhe receber agora. Deixei flores e delícias para lhe encantar. Luzes acesas a retribuir a alegria da sua chegada e velas dispersas a testemunhar o calor do nosso beijo lépido.
Preparei o jantar e o seu banho quente. Tudo como se fosse lhe receber agora. O vinho da safra mais velha e o perfume do frasco menor. Desenhei quadros novos na parede e pintei escadas prontas a nortear seus passos quando quiser descansar. Improvisei uns versinhos e os guardei debaixo do seu travesseiro.
Refutei a barba rala, desarrumei o cabelo para lhe parecer o seu menino de sempre. Dentre as novidades que há tanto guardo comigo, escolhi para lhe contar somente as mais breves. Para lhe ouvir mais e lhe saber melhor.
Ensaiei meu abraço. Pressupus, em lágrimas, minha emoção. Combinei com os passarinhos que só parem de gorjear depois do amanhecer.
E a despeito de toda a loucura, brindarei, contente que só, a mais uma noite na casa vazia.
4 comentários:
Brilhante!!!!
Lindo, meu poeta! Maravilha, como sempre!! Engraçado com consigo perceber esses sentimentos como se estivesse aí. Uma coisa, no entanto, só poderia mesmo sair de vc em linguagem figurada. "Arrumei a casa" definitivamente não está entre as suas ações comuns... hehehehe.
Abração
Renan, brilhante é a canção que eu ainda tô esperando você compor, bicho! Daqui a pouco eu já escrevi toda a letra e você ainda nem bateu o primeiro acorde =P
Ernani, seu pilantra, vc tá eng... vc... well, vc tem roda razão =x
Valeu, moçada =)
Cá estou e imagine qual não foi a minha surpresa!
Postar um comentário